Postagens

Mostrando postagens de 2015

Greve dos trabalhadores dos Diários Associados marca história da categoria

Imagem
A greve dos trabalhadores da notícia da TV Alterosa e do jornal Estado de Minas coloca nossa categoria em um novo patamar de luta contra o patronato. A garra e dedicação mostrada pelos companheiros já se espalhou pelas demais redações, que apoiam e comemoram uma mobilização histórica. A combatividade destes trabalhadores resgata aquilo que há de melhor entre os jornalistas e nos prepara e fortalece para novas lutas. A forma com que as mobilizações da Alterosa incendiaram os trabalhadores do Estado de Minas é retrato mais fiel desta força. A luta é o único caminho para mantermos nossa dignidade e buscar melhores condições de trabalho e salários dignos. A realidade mostrou que os acordos de gabinetes e disputas jurídicas não trazem nada para os trabalhadores, apenas o enfrentamento aos donos de empresas podem nos garantir avanços. Foram realizadas 39 tentativas de reuniões junto aos condôminos dos Diários Associados, nenhuma delas deu resultado. Apenas quando os trabalhadores cruzara

Diários Associados oferece migalhas e não garante pagamento integral do 13º

Pagamento integral do 13º salário! É pelo cumprimento de um direito consagrado na CLT que lutam bravamente os trabalhadores dos Diários Associados. Não pelas migalhas dos banquetes dos patrões que a empresa insiste em impor aos seus funcionários, como o pagamento de 25% do 13º Salário, oferecido pela a empresa durante a reunião realizada na TV Alterosa, nesta terça-feira (22/12). Pressionados, os patrões estendem uma mão com o porrete na outra. Pois na mesma reunião na qual anunciou o pagamento dos 25%, a empresa comunicou que até o dia 15 de janeiro decidirá quantas e como serão as demissões na TV Alterosa. Ora, isso é chantagem! Uma clara tentativa de intimidar o movimento vitorioso dos trabalhadores da notícia, que se fortalece a cada dia, e que obrigou os Diários Associados a recuar, mesmo que lançando mão de uma nova manobra para tentar enrolar seus funcionários. Dinheiro há! E o pagamento de 25% do benefício é mais uma prova disso. A decisão já está tomada. Ou paga ou p

A luta dos jornalistas dos Diários Associados é de toda categoria

Como se não bastasse as costumeiras e covardes ameaças de demissões em massa que rodam as redações a cada final de ano, em 2015, sob o pretexto da crise, os patrões avançam vorazmente sob os direitos dos trabalhadores alegando dificuldades financeiras. Em Minas, a situação mais emblemática é a dos Diários Associados. Após chantagearem os trabalhadores da empresa com o não pagamento da primeira parcela do 13º salário, os patrões recuaram e depositaram o que era devido aos jornalistas da Alterosa no dia seguinte à deliberação dos trabalhadores da notícia de paralisarem suas atividades no dia 7 de dezembro. Entretanto, o patronato ameaça a categoria mais uma vez com a sua usura. Agora, além de não querer pagar o 13º salário os Diários Associados pretendem reduzir os salários dos jornalistas e, supostamente, a jornada de trabalho. Além de um ataque direto aos ganhos dos trabalhadores da notícia, estamos diante de uma flagrante mentira. Todos sabemos que não haverá redução da carga

Diretoria encaminha proposta salarial rebaixada para os jornalistas

Sem nenhum empenho para mobilizar a categoria, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais retorna da mesa de negociações com uma proposta rebaixada, que implicam em perdas salariais para os trabalhadores da notícia. Assim como aconteceu na negociação dos jornalistas de Rádio e TV, a diretoria se mostra ansiosa em aceitar as migalhas oferecidas pelos patrões. O reajuste definido com o patronato de forma parcelada (4% retroativos a abril, 3% a partir de outubro e 1,42% em janeiro de 2016) não corresponde a uma recomposição integral das perdas salariais para a inflação registrada pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) para abril. De acordo com essa proposta, de abril a setembro, a categoria terá uma perda salarial de 4,42%. E se consideramos o período que vai de outubro a dezembro, os jornalistas terão mais uma perda de 1,42% sobre o salário. Com esses índices, o reajuste retroativo para os jornalistas que trabalham cinco horas será de R$ 593,83, e para

Coronelismo impera na Rádio Inconfidência

O desrespeito aos jornalistas mineiros parece ter sido uma das heranças preservadas pelo Governo de Minas. Em carta anônima ( abaixo ), divulgada no dia 31 de agosto, uma comissão denuncia uma série de irregularidades cometidas na atual gestão da Rádio Inconfidência, como autoritarismo, assédio moral e falta de transparência, que instalaram um clima de terror na emissora.  No documento, a comissão relata ameaças constantes de demissão e preconceito, que forçou um ex-diretor da emissora a pedir afastamento. Isso é assédio moral! O estatuto da Inconfidência é constantemente desrespeitado com contratações irregulares, já que terceirizados estão assumindo ocupações e funções da atividade-fim da rádio. Há ainda a realização de compras e contratação de serviços sem a realização de licitação, e indícios de tráfico de influência, já que empresas ligadas a pessoas próximas a diretores da rádio estariam sendo beneficiadas. O absurdo é tamanho que até mesmo brindes e correspondências env

Demissão no ‘O Tempo’ expõe desmando nas redações

A demissão de um repórter da editoria de esportes do jornal 'O Tempo', na última quarta-feira (26), a pedido do Cruzeiro Esporte Clube, expõe a que tipo de desmandos estão submetidos os trabalhadores da notícia de todo o país. Lamentavelmente, as demissões sumárias a mando de governos e parlamentares não são novidade em Minas Gerais. Nesse caso, a dispensa do jornalista do 'O Tempo' revela o quanto essa prática está banalizada, pois demonstra que as empresas de comunicação não se preocupam somente em satisfazer o capricho de políticos a troco de lucrativos anúncios institucionais. Por outro lado, as frequentes demissões imotivadas de jornalistas apontam para a necessidade de adotarmos urgentemente uma política capaz de impedir essa prática. Como sabemos, o trabalhador da notícia cumpre uma função de interesse público. Portanto, sempre que um jornalista exerce sua atividade de forma crítica ele pode desagradar os poderosos, que se valem do desemprego para oprimir a c

Mais do que legado da copa, truculência da PM contra manifestantes de BH é herança da ditadura

Não há dúvidas de que, historicamente, as polícias surgem fundamentalmente como instrumentos de repressão a serviço das classes dominantes. A obviedade dessa constatação não pode ocultar que, em determinados períodos da história, a burguesia precisa e está legitimada pelo aparato estatal (união, estado e município) para lançar mão abertamente da truculência policial como na noite desta quarta-feira (12), no cento de Belo Horizonte, quando centenas de pessoas manifestavam contra o aumento da passagem na capital mineira e foram agredidos pela Polícia Militar. A prisão de 60 manifestantes e as pessoas feridas, entre elas o repórter fotográfico Denilton Dias, do jornal O Tempo, nada mais são do que resultado de uma política de estado. Mostra disso é a aprovação, na mesma noite, na Câmara dos Deputados, com o apoio do governo, do projeto de lei que possibilita enquadrar manifestantes como terroristas. Não se trata de uma coincidência, mas de um estado de coisas tipificador da sociedade

Novas demissões atingem o jornal O Tempo

O jornal O Tempo realizou nesta segunda-feira (20), uma nova rodada de demissões em sua redação. Mais uma vez nossa categoria, refém de uma diretoria sindical cada vez mais passiva, sofre com a precarização da profissão. Ao todo foram demitidos 13 profissionais, 11 deles jornalistas. No primeiro semestre ano, a empresa já havia realizado diversos cortes. Além das demissões, os jornalistas receberam a “recomendação” de evitar fazer horas extras, como medidas para "economizar custos". Uma contradição, pois os que ficaram além de se multiplicarem para cobrir o trabalho daqueles que perderam seus empregos, terão um cobrança muito maior sobre sua produção. Novas demissões não foram descartadas. Mais uma vez as demissões ocorrem durante a campanha salarial como forma de pressionar a categoria a não reivindicar aumentos. Na última quinta-feira (16), os jornalistas de Rádio e TV aceitaram a proposta patronal que representou uma perda de salário, entre outros motivos, pela ame

Campanha Salarial: Diretoria propõe aprovação de proposta rebaixada

Na última quinta-feira (16), a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) propôs, formalmente, aos jornalistas de rádio e TV que aceitassem a vergonhosa oferta patronal de 7% de reajuste. Pressionada pelo tempo e pela falta de alternativa oferecida pela diretoria do Sindicato, os companheiros de rádio e TV não viram outra saída que não fosse fechar o acordo.  Além de estar abaixo do INPC para a data base da categoria (8,42%), o reajuste será parcelado: 5% retroativo a abril e 2% em setembro, incluindo o abono de R$ 2 mil, dividido em duas vezes, que não incide sob nenhum direito trabalhista. Portanto, não representa ganho real. É lamentável, mas não é de se estranhar que a diretoria do SJPMG tenha considerado essa a melhor proposta para a categoria. Não, não é! Como sabemos, a inflação real, aquela sentida no bolso e na fila do supermercado, está muito acima do INPC. Neste ano, nem mesmo a velha desculpa usada por gestões anteriores de que a c

O que está acontecendo na campanha salarial?

Uma pergunta ronda todas as redações e assessorias de imprensa de Belo Horizonte: O que está ocorrendo na campanha salarial dos jornalistas? Nas últimas semanas a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas percorreu os locais de trabalho da categoria e em cada uma delas a mesma questão foi repetida. No site do sindicato, a última informação geral sobre as negociações é de 29 de abril. A única negociação que possui informações mais recentes é a de Rádio e TV, que está sendo feita de forma unificada com o sindicato dos radialistas. Lamentavelmente, o mais importante, a mobilização real da categoria, com a passagem nas redações e a realização de assembleias, não está sendo feita. A apatia com que o sindicato trata a campanha salarial se reflete nas propostas apresentadas pelo patronato. Reajustes entre 4% e 5%, que não são capazes de cobrir as perdas que sofremos com a inflação, que calculado a partir da data base é de quase 8,5%. Ganhos reais ou clausulas benéficas para os jornalist

Redações mineiras demitem 60 jornalistas no primeiro semestre

Somente no primeiro semestre deste ano, aproximadamente 60 jornalistas mineiros foram demitidos nas redações do O Tempo, Estado de Minas, Band Minas, Revista Encontro, Diário do Comércio e Veja BH (extinta). Sem dúvida esse número é bem maior se levarmos em conta as dispensas no interior do estado e em assessorias de comunicação.  Entretanto, devemos ter claro que as demissões em massa nas redações de todo o país expressam um quadro de precarização das relações de trabalho da categoria e o aprofundamento da exploração do trabalhador da notícia. Mais do que a demissão de companheiros, estamos vendo postos de trabalho sendo extintos e o “exército industrial de reserva” ser ampliado.  Não há aqui nenhuma imprecisão na aplicação desse conceito desenvolvido por Marx, uma vez que a consequência do excedente de força de trabalho disponível no mercado, como bem sabem os patrões, é uma forma de pressão sobre os trabalhadores exercida pela ameaça do desemprego, possibilitando o achatame

Demissão em massa atinge a Veja BH

Uma nova leva de demissões atingiu hoje a capital mineira, os companheiros da revista Veja BH foram informados que a publicação será encerrada, com isso sete jornalistas, três fotógrafos e dois estagiários perderam seus empregos, além de outros trabalhadores de outras áreas. Os cortes também atingiram a redação da Veja Brasília. Durante toda essa semana os jornalistas da publicação estiveram apreensivos com a falta de informações claras sobre se continuariam ou não no trabalho. Na semana passada cortes no Estado de São Paulo e Folha também atingiram trabalhadores da notícia que atuavam em Minas Gerais. Assim como houve demissões na Revista Encontro, do grupo Diários Associados. Lamentavelmente vemos estas demissões em massa ocorrer, como de hábito, sem uma atuação concreta dos sindicatos. Assim as empresas se vêem livres para descartar os trabalhadores sem maiores problemas, os jornalistas são apenas empecilhos para atingir metas de rendimento. O sindicato sequer se mobilizou para b

Nota de repúdio a agressão ao fotógrafo Beto Novaes durante a manifestação de domingo

A Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas repudia a agressão contra o fotógrafo Beto Novaes durante a manifestação realizada no último domingo (12) em Belo Horizonte. O jornalista, que tem grande semelhança física com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fazia a cobertura do protesto para o jornal Estado de Minas, quando uma senhora, por brincadeira pediu para tirar uma foto com ele. Neste momento um grupo de jovens manifestantes agrediu Beto Novaes com empurrões, ofensas, ameaças e um chute na coxa. Após as agressões o fotógrafo deixou o local e retornou para o carro da equipe de reportagem. Ataques aos trabalhadores são práticas comuns a grupos proto-fascistas, que usam este tipo de violência como elemento estruturador de sua sociabilidade. E é nesse sentido que tal episódio tem que ser encarado. Não por acaso ofensas e ameaças contra outros jornalistas ocorreram tanto na mesma manifestação quanto em outros atos semelhantes realizados no país.  Em junho do ano passa

Diretoria apoia congresso patronal

Imagem
A Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas-OSJM vem denunciar à categoria o apoio dado pela diretoria do nosso sindicato ao Congresso Mineiro de Comunicação, promovido pelo Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Interior, a ser realizado de 17 a 19 de julho de deste ano. (Veja a imagem). Essa parceria constitui, no mínimo, um desrespeito aos jornalistas mineiros. Demonstra que a cada dia que passa a diretoria afasta mais o sindicato do seu objetivo central de representar e defender os interesses dos trabalhadores da notícia contra a ganância dos patrões, tendo como dever básico pugnar sempre pelo fortalecimento da consciência e organização sindicais, conforme o inciso “C” do artigo 3º do estatuto do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, também neste caso frontalmente desrespeitado pela diretoria. Nunca é demais lembrar que o modelo de política sindical no qual o trabalhador é visto como um colaborador ativo dos empreendimentos patronais

Diretoria oficializa sindicato como boate

Ignorando completamente os intensos debates sobre a Casa do Jornalista realizados em 2013, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais ( ou seria Sindbalada? ) vira as costas para a deliberação tomada em Assembleia Geral Extraordinária, no dia 16 de setembro, de preservação e requalificação do imóvel, e negocia a instalação de uma boate no anexo da Casa. Isso mesmo, nada está tão ruim que não possa piorar. Desde que tomou posse, essa moçada realizou Fan Fest da Fifa durante a copa do mundo, enquanto manifestações ocupavam as ruas do país, sarau, brechic (seja lá o que isso for?) e as mais variadas festas, transformando a Casa do Jornalista em melancólico palco de um pastelão sem graça, no qual o bufão somos nós, os Jornalistas de Minas. Por incrível que pareça, o óbvio precisara ser dito: sindicato de trabalhadores não é central de eventos. O objetivo de um sindicato profissional que se pretende sério, representativo e combativo é conquistar no dia

Jornalistas de imagem refundam Arfoc

Em uma assembleia histórica, cerca de 80 repórteres fotográficos e cinematográficos refundaram, no dia 5 de março, a Associação dos Repórteres Fotográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG). Ao elegerem a nova diretoria e aprovar o estatuto, os jornalistas de imagem deram um passo decisivo em nome da sua valorização profissional, que poderá representar o fortalecimento de toda categoria. Após 24 anos, os jornalistas de imagem têm pela frente a importante tarefa de resgatar a independência da Associação, travando, entre outras, lutas como a regulamentação da função de repórter fotográfico e cinematográfico, reconhecimento e pagamento dos direitos autorais, e a segurança da categoria. A refundação foi o primeiro passo para que a Arfoc-MG, cuja sede integra a Casa do Jornalista (Av. Álvares Cabral, 400, Centro), possa levar adiante a reconstrução da Associação com a legitimidade e representatividade conferida por seus associados na histórica Assembleia do dia 5 de março.      

Professores vão às ruas e derrotam Governo do Paraná

Ao custo de bombas de gás, tiros de balas de borracha e violência contra trabalhadores na frente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e com mais de 15 mil pessoas nas ruas em manifestação contra o pacotaço, que reduzia benefícios dos servidores do Estado, afetando principalmente os trabalhadores da educação, o governador Beto Richa retirou o projeto da instância de votação. O governo e dos deputados estaduais tentaram manter o projeto, mas a luta dos trabalhadores ao longo de quatro dias na Alep trouxe a vitória no último dia 12 de fevereiro, com o comunicado da Casa Civil, feito pelo governador, pedindo a retirada do pacote de projetos com medidas que afetavam os benefícios previdenciários. A decisão favorável aos educadores, mobilizados fora da institucionalidade, foi o passo decisivo para cobrar do Estado posições condizentes com a realidade do trabalhador da educação e revogar direitos e benefícios para o exercício digno da profissão. O pacote que incluía o fim do qu

Seminário: Crítica ao neorreformismo gramsciano

A derrota do socialismo real no leste europeu e a dinâmica da luta de classes decretou o fim do reformismo clássico, corrente política que fixa avanços graduais, parciais e imediatos como objetivos da prática sindical/parlamentar, conduzindo a luta dos trabalhadores para o campo da conciliação ou até mesmo do messianismo vanguardista. O aprofundamento da crise do capital exige uma resposta político-teórica para a reorganização das lutas da classe trabalhadora. A resposta dada pela esquerda, o neorreformismo gramsciano, mais uma vez conduz, inevitavelmente, os trabalhadores ao campo da conciliação. Essa é a discussão proposta por Leovegildo Pereira Leal, militante do Movimento Marxista 5 de Maio (MM5), no livro “Contra o Gramscianismo – Uma crítica marxista ao neorreformismo”. E é como o objetivo de problematizar os rumos do movimento dos trabalhadores que a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas convida a categoria para participar do seminário “Crítica ao neorreformismo gr

Campanha salarial 2015: Sindicato se organiza para desmobilizar a categoria

Nesta quinta-feira (19/2), o Sindicato dos Jornalistas começou a distribuição do jornal "Pauta Extra", seu material de campanha salarial. O que se vê nas páginas impressas pelo sindicato é lamentável. Já na capa, a edição traz uma fotografia da votação da campanha salarial de 2014 no Estado de Minas , um triste episódio já que esta votação foi feita sobre a ameaça de demissões, como a que semanas antes atingiu um membro da Oposição Sindical que se posicionou contra a proposta patronal.  Não bastasse isso, durante esta assembleia, o sindicato se colocou favorável a que os jornalistas aceitassem a proposta patronal de 7% de aumento. Para justificar esta postura o sindicato reproduziu o discurso dos proprietários do veículo sobre a crise que atinge a empresa. Esqueceram de dizer que a crise atinge sempre os trabalhadores, nunca os proprietários, já que esses se aproveitam da situação para demitir os mais experientes e com salários diferenciados para enxugar a contabilidade

Campanha Salarial 2015 - É preciso mobilizar a categoria na luta por ganhos reais

Independente da data base, a mobilização diária dos trabalhadores em busca da valorização profissional deve ser pauta permanente dos sindicatos. E a Campanha Salarial é sem dúvida o momento em que as diretorias sindicais devem investir mais força e energia para organizar as categorias que representam na luta pelo aumento real. Lamentavelmente, na contramão da história, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Minas de Gerais (SJPMG) descumpre com seu dever de “pugnar sempre pelo fortalecimento da consciência e organização sindicais” (inciso “C”, do artigo 3º do estatuto do SJPMG) ao colher sugestões para a pauta de reivindicações da campanha salarial por meio da internet, com o pretexto de ampliar a participação da categoria. Balela! Isso mesmo, esse argumento não passa de balela! Pois a consciência sindical deve ser forjada na luta, na mobilização da categoria na sua sede, a Casa do Jornalista, e não nas redações sob o julgo dos patrões como pretende a diretoria do Sindica

Chega de demissões, estabilidade já!

Os patrões não perderam tempo! Um dia após o fim do prazo da garantia de emprego assegurada com a assinatura da convenção coletiva de trabalho, o Estado de Minas demitiu sumariamente 13 jornalistas. A ameaça de novas demissões ronda ainda as redações do Hoje em Dia e do O Tempo . Não tenham dúvidas. A desculpa será a mesma do Estado de Minas: a necessidade de fazer ajustes financeiros na empresa. A dispensa em massa de jornalistas tornou-se uma prática comum em redações de todo o país, chamadas equivocadamente de passaralhos. Não podemos tratar com eufemismo uma prática cujo único objetivo é a progressiva retirada de direitos, achatamento salarial e a sujeição da categoria ao assédio moral. É preciso reagir, é preciso resgatar a estabilidade dos trabalhadores. A estabilidade no Brasil foi extinta em 1966 com a imposição da lei do FGTS (5.107/66), durante a ditadura instalada no país no dia 1º de abril de 1964. É preciso reaver esse direito. No caso da nossa categoria, vale