Greve dos trabalhadores dos Diários Associados marca história da categoria

A greve dos trabalhadores da notícia da TV Alterosa e do jornal Estado de Minas coloca nossa categoria em um novo patamar de luta contra o patronato. A garra e dedicação mostrada pelos companheiros já se espalhou pelas demais redações, que apoiam e comemoram uma mobilização histórica. A combatividade destes trabalhadores resgata aquilo que há de melhor entre os jornalistas e nos prepara e fortalece para novas lutas. A forma com que as mobilizações da Alterosa incendiaram os trabalhadores do Estado de Minas é retrato mais fiel desta força.

A luta é o único caminho para mantermos nossa dignidade e buscar melhores condições de trabalho e salários dignos. A realidade mostrou que os acordos de gabinetes e disputas jurídicas não trazem nada para os trabalhadores, apenas o enfrentamento aos donos de empresas podem nos garantir avanços. Foram realizadas 39 tentativas de reuniões junto aos condôminos dos Diários Associados, nenhuma delas deu resultado. Apenas quando os trabalhadores cruzaram os braços é que o dinheiro para o pagamento do 13º começou a surgir.  As práticas constantes de assédio moral e de intimidações ficam explicitas na greve com a ação ostensiva da tropa de choque da PM, mostrando a face opressiva do patronato.


Neste momento não podemos nos deixar enganar pelas mentiras construídas pelo patronato. O fosso que separa a riqueza dos patrões do padrão de vida dos trabalhadores nunca foi tão grande.

É justamente nos momentos de crise que essas duas classes entram em choque de forma mais clara e aguda, é neste momento em que os empresários tentam ampliar ainda mais seus ganhos, o que muitas vezes os leva a mudar seus ramos de negócios e é justamente isso que os condôminos dos Diários Associados já estão fazendo. As antigas empresas estão sendo destruídas ou reduzidas e o investimento migra para outras empreitadas.

Essa manobra mostra forma clara como se amplia a exploração sobre os trabalhadores. A única forma de resistir e de impedir que isso ocorra é a greve. O exemplo dos companheiros da Alterosa e do Estado de Minas mostra que este é o caminho que iremos escolher. À luta pois, e à vitória.

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