Funcionários do Estado de Minas denunciam irregularidades


A Oposição Sindical foi procurada por trabalhadores do jornal Estado de Minas como interlocutora dos problemas, pressões e abusos sofridos por nossos companheiros jornalistas dentro daquela empresa. As formas mais absurdas de ataques aos direitos dos trabalhadores são corriqueiras nas redações deste poderoso conglomerado midiático.

Chegou-se ao ponto que, no Jornal Estado deMinas, 14 horas de trabalho dos jornalistas fossem criminosamente tomadas pela empresa. Os sábados, que deveriam ser dias de folga, eram garfados como se fossem dias de faltas dos jornalistas, assim 14 horas de merecido descanso eram considerados como horas faltadas.

Repórteres e diagramadores sequer tinham acesso aos relatórios de pontos. Diagramadores eram  obrigados a se manterem a disposição do jornalaté de madrugada, sem receberem este tempo como hora extra. Além disso, o tempo de viagem de repórteres, fotógrafos e mesmo de motoristas para outras cidades não estão sendo creditados como hora de trabalho e apenas validadas as horas de apuração na cidade em que se realiza a matéria. Por exemplo, caso o jornalista em viagem exceda sete horas de apuração, o jorna lnão computa a hora extra.

E o que faz o sindicato diante destas graves denúncias? Se transforma em ombudsman e opta por uma tímida ação judicial. Parece se esquecerdo resultado lamentável da ação contra este mesmo jornal, quando uma juíza fez vista grossa para as denúncias de uso indevido de estagiários. Ao invés de promover mobilizações dentro da redação, assumir o papel de defensor dos interesses dos trabalhadores e denunciar as manobras sorrateiras dos Diários Associados, o sindicato se esconde atrás de sua assessoria jurídica. E assim omite o campo real de conflitodos interesses entre trabalhadores e patrões.

Lamentavelmente é este mesmo sindicato que sempre reclama da imobilização da categoria.

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