Oposição Sindical cria Cineclube


Os jornalistas de Minas têm um encontro marcado com a sétima arte. A fim de promover uma reflexão crítica da realidade, a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJM) criou o Cine Beto, em homenagem a Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, desaparecido político preso, torturado e assassinado na casa da morte em Petrópolis, durante a ditadura.

O primeiro filme exibido foi "Missing", de Costa Gravas, que trata do desaparecimento de um militante de esquerda durante a ditadura chilena. Nas sessões seguintes foram rodados “Cronicamente Inviável”, de Sérgio Bianchi, e “Falsa Loura”, de Carlos Reichenbach, todos indicados livremente por membros do Cine Beto. Após cada sessão, os cineclubistas fazem uma abordagem do filme pautando questões que vão desde a estética, roteiro e reflexões sobre a realidade.

Mais do que exibir filmes o Cine Beto é uma proposta de reflexão cultural, que pretende organizar oficinas no campo audiovisual, e outras atividades que devem ser estendidas para outras áreas como a literatura e a música.

Beto

O belo-horizontino, Carlos Alberto Soares de Freitas, Beto, como era carinhosamente chamado, foi militante da Organização Revolucionária Marxista Política Operária, mais conhecida como Polop; Comando de Libertação Nacional (Colina); da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares); e era tido pelos companheiros com um exemplo de generosidade e ternura.

O Cine Beto funciona na Avenida Brasil, 248, sala 1102, no bairro Santa Efigênia. Os interessados por entrar em contato pelo e-mail cineclubebeto@gmail.com ou pela página no Facebook, (facebook.com/CineBeto).

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