A defesa do diploma de jornalista é uma luta histórica?

Indiscutivelmente, a luta pelo diploma de jornalista faz parte da história da nossa categoria. Assim, a pergunta que devemos fazer é se ela tem potencial histórico. Compreendida a história como transformação qualitativa das sociedades ou saltos qualitativos no interior delas, afirmamos que sim.

No entanto, é preciso ter claro que essas transformações são caracterizadas por atos de ruptura. Cabe a nós, trabalhadores da notícia, na luta pela valorização da nossa categoria, romper com o viés institucionalista e virtualizado de nossas lutas, incluída a pelo diploma.

Não se trata aqui de negar os tramites necessários à PEC do Diploma, mas de lançar mão de instrumentos de reivindicações próprios da classe trabalhadora. Convém lembrar que essa PEC está parada no Congresso Nacional desde 2012.

São mais de dez anos (dois governos Dilma, o golpe palaciano e o protofascismo bolsonarista) cometendo o erro de insistir na estratégia institucionalista, pautada por conversas, de pires na mão, com parlamentares no planalto. Nossa luta é nas ruas!

Portanto, é tão lamentável quanto equivocado que as ações simbólicas (não passaram disso) do 7 de abril – Dia do Jornalista – tenham se limitado ao tuitaço, instagramaço e debates virtuais, como os promovidos pela Fenaj e os sindicatos em sua esteira. É, pois, no ambiente virtual que hoje se acomoda a burocracia sindical.

Por isso, para de fato darmos caráter histórico à luta pelo diploma e obtermos essa indispensável conquista para os jornalistas é preciso romper com o imobilismo. Essa ruptura só pode ser feita com a mobilização da categoria em todo o país, em manifestações de rua capazes de se tornarem um marco qualitativo para valorização, inclusive material, dos trabalhadores da notícia.

Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas
Por um sindicato de trabalhadores!

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