Jornalistas mineiros ganham Prêmio Vladimir Herzog

Os jornalistas Murilo Rocha, Larissa Arantes e Tiago Nogueira, do jornal “O Tempo” foram os vencedores do 34ª Prêmio Vladimir Herzog na categoria jornal, com a matéria “Quando a ditadura entrou em campo” (links abaixo), cujo trabalho de investigação comprova que craques do futebol brasileiro como Afonsinho, Nando, Reinaldo, Sócrates, Wladimir e alguns treinadores, como o técnico da seleção brasileira, João Saldanha, foram perseguidos pela ditadura vigente no Brasil de 1964 a 1985.

Além da atualidade do tema, com a instalação da Comissão da Verdade, o trabalho da equipe do "O Tempo" é um registro da história do país e propicia ao leitor uma reflexão do chamado ‘anos de chumbo’, cuja verdade histórica ainda precisa ser revelada. E, sem dúvida, a prática de um jornalismo crítico e independente pode ser decisiva para ajudar a reescrever um dos capítulos mais triste da história deste país.

Vladimir Herzog

Na noite do dia 24 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog, o Vlado, apresentou-se para prestar esclarecimento sobre possíveis ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), no Destacamento de Operações de Informações/Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), de São Paulo, aparelho de repressão da ditadura brasileira, onde foi torturado e assassinado.

No dia 25 de outubro, a agência central do Serviço Nacional de Inteligência (SNI) foi informada que Valdimir Herzor havia suicidado, mas a foto do local onde a cena do suicídio foi forjada demonstra que a grande na qual a tira de pano que o jornalista teria usado para suicidar estava a 1,63 metros do chão, sem espaço para que seu corpo pendesse no ar, e que Vlado estava com as pernas curvadas no chão.

Leia a abaixo a série de reportagens

Postagens mais visitadas deste blog

Em busca do tempo perdido

A defesa do diploma de jornalista é uma luta histórica?

Assembleia de Sindicatos sofre ataque fascista