Devemos mobilizar a categoria na luta pelo Diploma
Depois de três anos, a aprovação da PEC do Diploma pelo Senado Federal, no dia 8 de agosto, impõe à pauta dos sindicatos e da Fenaj a urgência de se organizar manifestações pela regulamentação definitiva do exercício da profissão de jornalista.
Sem dúvidas, a categoria deu um importante avanço. E é justamente na luta pela dignidade da profissão, que devemos erguer a bandeira da exigência do diploma, nos armando contra os ataques dos patrões, que, no dia 17 de junho de 2009, com a decisão do Supremo Tribunal Federal, sob o pretexto da liberdade de expressão, conseguiu desregulamentar a profissão a fim de precarizá-la.
O fim da exigência do diploma em 2009 tem ligação direta com as vontades dos grupos detentores das grandes mídias que buscam cada vez mais aumentar a sua margem de lucro à custa da precarização das condições de trabalho dos jornalistas e da diluição de toda categoria. Pois com a desregulamentação da profissão, a tendência é o aguçamento da desvalorização da nossa atividade, acarretado, ao longo dos anos, a perda de direitos e o aprofundamento da exploração, por meio do acúmulo de funções, ampliação da jornada de trabalho, achatamento salarial, entre outras.
E em nome do aumento das suas margens de lucro, não nos restam dúvidas de que mais uma vez os patrões irão a campo, no Congresso Nacional, para fazer lobby contra a aprovação da PEC do Diploma na Câmara dos Deputados. Não somos lobistas, somos trabalhadores, não negociamos vantagens e nem favores com parlamentares em busca de benefícios.
A regulamentação da profissão em 1969 foi resultado de uma luta histórica da categoria e a retomada da exigência do diploma para o exercício da profissão só será possível por meio da luta, que não deve ser encerrada com a aprovação da PEC na câmara. Vale lembrar, que em julho de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula Silva vetou o Projeto de Lei Complementar 79/04 que previa a regulamentação do jornalismo. E Dilma, o que fará?
É hora, pois, de irmos às ruas, reorganizarmos a categoria em torno de uma das suas principais lutas, a regulamentação profissional, contra o aprofundamento da precarização das nossas condições de trabalho e pela dignidade da nossa categoria. A luta, pois, e á vitória!
Não somos lobistas, somos trabalhadores, nossas conquistas são forjadas na luta!