Programação do Enjac Minas inviabiliza a participação da categoria

Promover a integração da categoria. Este é ou pelo menos deveria ser o objetivo principal da 18ª edição do Encontro dos Jornalistas em Assessorias de Comunicação de Minas Gerais (Enjac Minas), que será em Caxambu, no Sul de Minas, cuja programação que vai do dia 29 de setembro a 2 de outubro, inclui atividades em dois dias úteis, o que prejudica a participação de uma parcela significativa da categoria que, naturalmente, trabalha as quintas e sextas-feiras.

Mesmo que amparada na cláusula 21ª da Convenção Coletiva de Trabalho de 2010, que prevê a liberação do jornalista para a participação em seminários, conferências ou congressos, a proposta de programação desconsidera a realidade enfrentada pelos trabalhadores da notícia e os desrespeitos diários dos patrões aos direitos da categoria, que contratam assessores de comunicação sem carteira assinada ou como pessoas jurídicas, impondo jornadas extenuantes sem o pagamento de horas extras.

E a primeira conseqüência dessa política, que enfraquece a categoria, é a proposta do sindicato patronal de rebaixamento do piso dos assessores de comunicação em 30%, para os companheiros que estão ingressando nas assessorias. É hora de reagirmos com firmeza a todos estes ataques, e o Enjac Minas poderia ser o espaço para juntos, os jornalistas de Minas, melhor nos organizarmos em defesa da nossa profissão. Por isso, insistir em uma programação que inviabiliza a participação de maior parte dos jornalistas significa fracionar a categoria, expondo todos os trabalhadores da notícia aos ataques patronais.

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