Esvaziamento do ENJAC/MG é reflexo da política sindical



O Encontro dos Jornalistas em Assessoria de Comunicação de Minas Gerais 2009 aconteceu em Belo Horizonte nos dias 18 e 19 de setembro. Foram somente 81 inscrições, dessas, apenas 36 delegados, e apenas 16 na plenária final. O Enjac foi extremamente esvaziado comparado ao tamanho de nossa categoria, principalmente que grande parte dela encontra possibilidade do exercício profissional em assessorias de imprensa e de comunicação.

Esses números absurdamente reduzidos são o mais puro reflexo da crise de representatividade pela qual passa o SJPMG atualmente. A prática de uma política institucional, cidadã, só atua reafirmando esse lugar de esvaziamento. E a situação se agrava, uma vez que o preço da inscrição, que variava no mínimo de R$100,00 a R$250,00, tornou inviável a participação de muitos companheiros. Ora, se nossa categoria não dá conta de pagar nem a anuidade altíssima do sindicato, estipular um valor desses para três dias de encontro – que devido ao esvaziamento foi reduzido para dois – é inviável. Sem contar que o encontro poderia, perfeitamente, ter sido realizado na própria sede do sindicato, o que reduziria os gastos e o valor da inscrição, estimulando a maior participação dos companheiros jornalistas.

Dado o esvaziamento - e o que êxodo foi acontecendo durante o encontro - o Enjac foi encurtado em um dia. Por quê? Aí é importante dizer se de fato as discussões propostas (e em momento nenhum questionamos a qualidade dos debatedores) apontavam para soluções concretas dos problemas da categoria. E o que esperamos destes encontros, são apontamentos concretos capazes de encampar a luta diária da nossa categoria, e não uma profunda imersão na lógica do imoblismo, que legitima o aprofundamento da exploração sobre a classe trabalhadora, da qual faz parte a categoria dos jornalistas. 

A Oposição Sindical continuará lutando por uma política sindical de trabalhadores, pelas bandeiras concretas da categoria, por melhores salários, condições de trabalho, pelo fim do banco de horas, do assédio moral e do acúmulo de função. Pois só assim conseguiremos fortalecer o nosso sindicato, coesionando nossa categoria que é cada vez mais atacada e fraturada por essa lógica que reforça e reproduz uma conjuntura favorável somente aos patrões.

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