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Mostrando postagens de outubro, 2012

Jornalistas mineiros ganham Prêmio Vladimir Herzog

Os jornalistas Murilo Rocha, Larissa Arantes e Tiago Nogueira, do jornal “O Tempo” foram os vencedores do 34ª Prêmio Vladimir Herzog na categoria jornal, com a matéria “Quando a ditadura entrou em campo” (links abaixo), cujo trabalho de investigação comprova que craques do futebol brasileiro como Afonsinho, Nando, Reinaldo, Sócrates, Wladimir e alguns treinadores, como o técnico da seleção brasileira, João Saldanha, foram perseguidos pela ditadura vigente no Brasil de 1964 a 1985. Além da atualidade do tema, com a instalação da Comissão da Verdade, o trabalho da equipe do "O Tempo" é um registro da história do país e propicia ao leitor uma reflexão do chamado ‘anos de chumbo’, cuja verdade histórica ainda precisa ser revelada. E, sem dúvida, a prática de um jornalismo crítico e independente pode ser decisiva para ajudar a reescrever um dos capítulos mais triste da história deste país. Vladimir Herzog Na noite do dia 24 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir He

É hora de mudar estatuto e desburocratizar o sindicato

Durante a campanha salarial deste ano, os trabalhadores da notícia, fomos testemunhas e atores da mobilização e de uma série de manifestações impulsionadas pelos jornalistas de Minas, reivindicando ganhos reais para toda a categoria, independente de o trabalhador ser filiado ou não ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG). Entretanto, a universalidade das conquistas sindicais não parece ser a opinião da diretoria do sindicato, conforme editorial publicado na edição 176, ano 28, do jornal “Pauta”. No texto, intitulado “Sindicato forte, jornalista respeitado”, o autor comenta a decisão do juiz da 30ª Vara de Trabalho de São Paulo, Eduardo Rockenbach Pires, que “decretou em uma ação trabalhista que são inaplicáveis os benefícios negociados em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para os empregados que se recusam a pagar a contribuição assistencial devida ao sindicato de sua categoria”, conforme está registrado no primeiro parágrafo do editorial. Para

Sindicato Virtual não fortalece a categoria

A glorificação de um “Sindicato Virtual” feita pela diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJMPG), em mensagem enviada por correio eletrônico, no dia 13 de setembro, não pode ser tratada com ironia, nem tão pouco pode ser vista como uma mera adaptação às facilidades tecnológicas disponíveis na internet.            Apresentado como uma iniciativa inovadora, na verdade, a defesa de um sindicato virtual é expressão de uma prática sindical cada vez mais distanciada dos interesses reais dos jornalistas de Minas, consequentemente da categoria. Como confirmam a agenda ecologista dos congressos estadual e nacional dos jornalistas, e a campanha antibagismo promovida nas redações, que ocupam o lugar das lutas contra o assédio moral, pelo plano de carreira e pela retomada da aposentadoria especial entre tantas outras.            Historicamente, os sindicatos foram construídos nos locais de trabalho, no dia a dia das categorias que representam, no contato di

Devemos mobilizar a categoria na luta pelo Diploma

Depois de três anos, a aprovação da PEC do Diploma pelo Senado Federal, no dia 8 de agosto, impõe à pauta dos sindicatos e da Fenaj a urgência de se organizar manifestações pela regulamentação definitiva do exercício da profissão de jornalista. Sem dúvidas, a categoria deu um importante avanço. E é justamente na luta pela dignidade da profissão, que devemos erguer a bandeira da exigência do diploma, nos armando contra os ataques dos patrões, que, no dia 17 de junho de 2009, com a decisão do Supremo Tribunal Federal, sob o pretexto da liberdade de expressão, conseguiu desregulamentar a profissão a fim de precarizá-la. O fim da exigência do diploma em 2009 tem ligação direta com as vontades dos grupos detentores das grandes mídias que buscam cada vez mais aumentar a sua margem de lucro à custa da precarização das condições de trabalho dos jornalistas e da diluição de toda categoria. Pois com a desregulamentação da profissão, a tendência é o aguçamento da desvalorização da nossa

Oposição Sindical cria Cineclube

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Os jornalistas de Minas têm um encontro marcado com a sétima arte. A fim de promover uma reflexão crítica da realidade, a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJM) criou o Cine Beto, em homenagem a Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, desaparecido político preso, torturado e assassinado na casa da morte em Petrópolis, durante a ditadura. O primeiro filme exibido foi "Missing", de Costa Gravas, que trata do desaparecimento de um militante de esquerda durante a ditadura chilena. Nas sessões seguintes foram rodados “Cronicamente Inviável”, de Sérgio Bianchi, e “Falsa Loura”, de Carlos Reichenbach, todos indicados livremente por membros do Cine Beto. Após cada sessão, os cineclubistas fazem uma abordagem do filme pautando questões que vão desde a estética, roteiro e reflexões sobre a realidade. Mais do que exibir filmes o Cine Beto é uma proposta de reflexão cultural, que pretende organizar oficinas no campo audiovisual, e outras atividades que devem ser

Congresso Nacional dos Jornalistas expressa crise de representatividade do sindicalismo

Com o tema "Os Desafios do Jornalismo e sua Contribuição para o Desenvolvimento Sustentável”, o 35º Congresso Nacional dos Jornalistas, que será promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), entre os dias 7 e 10 de novembro, em Rio Branco, no Acre, é sintoma do distanciamento da Federação dos interesses concretos e imediatos da categoria, caracterizado pela crise de representatividade por que passa o sindicalismo brasileiro. Na pauta do congresso, destacam-se discussões como “A atuação pública do Jornalismo como forma de enfrentar os interesses poluentes”. Ora, sem deixar de lado a importância da preservação do meio ambiente, a prática sindical deve se pautar pelas reivindicações das categorias que representam. Ano após ano, a categoria enfrenta o achatamento salarial, o acúmulo de funções, o descumprimento dos acordos trabalhistas, o assédio e o constante fantasma do desemprego entre tantos outros problemas, que deterioram as condições de trabalho dos jornal

Categoria dá exemplo de luta na campanha salarial

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A Campanha Salarial dos jornalistas ganhou contornos particulares este ano. A radicalização e a opção pelo caminho da luta alimentou os ânimos dos companheiros nessa jornada, marcada por mobilizações significativas, paralisações simbólicas e resistência frente à insistência do patronato em não negociar o reajuste com a categoria. Os jornalistas de Minas Gerais amargam há mais de uma década uma defasagem salarial de pelo menos 15% em relação ao aumento progressivo do salário mínimo e nosso piso se encontram entre os mais baixos do país em comparação com a dimensão econômica e política que nosso Estado representa. Diante desse quadro de perda salarial, os jornalistas se levantaram, foram para as portas das redações, vestidos de preto, e disseram NÃO à intransigência patronal. Dia após dia os trabalhadores da notícia mantiveram-se firmes na luta contra a enrolação dos patrões. E foi essa postura que forçou a negociação a seguir uma nova direção, em um sentido oposto ao da