Campanha Salarial 2011
A unificação da campanha na luta por ganhos reais
A antecipação da Campanha Salarial de 2011 – como defendido pela Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJM) na edição de novembro de 2009 do “O Trabalhador da Notícia” –, é sem dúvida um passo importante para a categoria na luta pela valorização da profissão. Passo tão importante quanto a necessidade de realizarmos um balanço das últimas campanhas e os resultados obtidos.
Em 2009 e em 2010, a categoria aprovou nas assembleias de elaboração de pauta, propostas como a contratação exclusiva de jornalistas diplomados, a unificação da campanha, unificação do piso salarial, piso de seis salários mínimos, aumento real de 10%, fim do banco de horas e pagamento de horas extras, o fim do acúmulo de funções entre outras. E com reajustes na casa dos 6%, tanto em 2009 como em 2010, e nenhum avanço significativo, as expectativas da categoria não se confirmaram.
Para além de aprovar a pauta de reivindicações desse ano, a antecipação da Campanha Salarial de 2011 deve, fundamentalmente, ser um instrumento de acumulação de forças da categoria nas negociações, cuja data base é em 1º de abril. E, para nos fortalecermos nessa queda de braço com os patrões, as práticas dos dois últimos anos como a realização de reuniões deliberativas nas redações e assembleias por áreas de atuação no jornalismo – que nos divide e enfraquece –, não podem ser repetidas.
São muitos os desafios e interesses comuns dos jornalistas de minas, tanto no interior quanto na capital, que tornam imperativa a necessidade de unificarmos a categoria em torno de objetivos e práticas, capazes de nos fortalecer na luta diária pela valorização da nossa profissão, cujo ponto de partida pode e deve ser a conquista de ganhos reais na campanha salarial desse ano.
Conheça as principais propostas da Oposição Sindical:
Jornalista só com diploma – As empresas se comprometem a contratar somente jornalistas profissionais diplomados.
Unificação da campanha salarial – Nossas assembléias devem ser feitas de forma unificada, no sindicato, sem a divisão da categoria por área do jornalismo.
Unificação do piso – Somos todos jornalistas, independente de trabalharmos em assessorias, impresso, TV’s, rádios, capital ou interior. Por isso precisamos ter um piso único.
Aumento real – Durante anos, as empresas acumulam lucros com nosso trabalho. Temos de obter o ganho real sobre nossa produção.
Fim do Banco de Horas – O banco de horas representa a superexploração do trabalhador. As horas extras têm de ser renumeradas em 100%.
Fim do acumulo de funções – Aceitar o acúmulo de funções é legitimar a superexploração dos trabalhadores e reduzir os postos de trabalho. Com o ganho real significativo não precisamos barganhar compensação salarial sobre o aumento do trabalho.
Contra o assédio moral – Assédio moral é uma prática criminosa que causa danos à saúde do trabalhador, por isso as empresas também devem ser responsabilizadas.
Licença maternidade de seis meses – A licença maternidade de seis meses é lei e deve ser aplicada a todas as categorias.