Exigência do diploma na defesa dos interesses da categoria

Os patrões, academicos vendidos e pós-modernos em geral bradam, às vésperas do julgamento no Supremo Tribunal Federal do Recurso Extraordinário 511961, que a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão é totalmente dispensável. Não é de se espantar que aqueles que vivem no mundo como se a história tivesse chegado ao fim assumissem a posição dos patrões e colocassem a desregulamentação da profissão de jornalista como um fenômeno pacífico e almejado.

A Oposição Sindical defende com intransigência o diploma de jornalista para o exercício da profissão.

A luta pela defesa da nossa profissão e pela garantia de direitos históricos conquistados pelos trabalhadores, no caso específico dos jornalistas, passa inevitavelmente pela defesa do diploma e, por assumir importância em duas frentes de luta – movimento sindical e movimento estudantil – torna-se uma bandeira convergente. Na prática, a não exigência do diploma incorrerá, em última instância, em achatamentos de salários e precarização das condições de trabalho, uma vez que as especificidades da formação que o jornalismo requere são relativas e rebaixadas. Assim, exerce jornalismo inclusive quem não tem o segundo grau completo.

Na outra ponta, a defesa do diploma representa a luta pela qualidade de formação. Os estudantes de jornalismo serão trabalhadores. Certamente, um tipo diferente de trabalhador: formadores de opiniões, consciências, ideologia. Isso, sem dúvida, nos obriga a um rigor maior no campo da ética e do compromisso social exigido de todo trabalhador e uma formação crítica se faz indispensável para aquele que planeja trabalhar como jornalista.

Nessa perspectiva, entendendo o jornalista como um trabalhador em uma sociedade de classes, encampamos a defesa do diploma como uma bandeira de um sindicato combativo, de trabalhadores e não um sindicato cidadão, como querem os acadêmicos. O lugar do diploma na luta diária e concreta propicia a reaproximação dos estudantes que estão para se formar e os recém-formados do sindicato de sua categoria ampliando portanto a organização e a politização da base.

No Congresso dos Jornalistas de 2008, a Oposição Sindical diz SIM ao diploma, SIM à qualidade de formação.

PELA DEFESA INTRANSIGENTE DO DIPLOMA PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE JORNALISTA!

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