Jornalistas querem ganho real
Campanha salarial 2012
Mais um ano de luta pela frente. Em 2012, a Campanha Salarial começou mais cedo no intuito de quebrar o ciclo imposto pelo patronato que estica a negociação ad infinitum para, no fim do ano, jogar migalhas de abonos e ganhos pífios para a nossa categoria, que como de costume, vive com a corda no pescoço.
A vantagem temporal é importante, sem dúvida. Afinal, são tantas as bandeiras que precisam ser defendidas nesse período – aumento real de salário, fim do banco de horas, fim do acúmulo de função, piso unificado de R$ 2.400, luta contra o assedio moral, e tantas outras – que precisamos de força, mobilização e urgência.
Não podemos aceitar a lógica patronal, que se divide em uma série de sindicatos, forçando a categoria a ter negociações diferenciadas, como forma de enfraquecer a categoria durante a campanha salarial. Dividir para governar, eis a palavra de ordem dos sindicatos patronais. É necessário, antes de tudo, que a nossa campanha seja unificada. Não vamos cair na armadilha do fracionamento. Somos todos jornalistas e não há razão de diferenciação de piso por veículo. Grande parte de nossa categoria trabalha em mais de um emprego e num dia, se está em um impresso, no outro em uma rádio ou assessoria.
A vantagem temporal é importante, sem dúvida. Afinal, são tantas as bandeiras que precisam ser defendidas nesse período – aumento real de salário, fim do banco de horas, fim do acúmulo de função, piso unificado de R$ 2.400, luta contra o assedio moral, e tantas outras – que precisamos de força, mobilização e urgência.
Não podemos aceitar a lógica patronal, que se divide em uma série de sindicatos, forçando a categoria a ter negociações diferenciadas, como forma de enfraquecer a categoria durante a campanha salarial. Dividir para governar, eis a palavra de ordem dos sindicatos patronais. É necessário, antes de tudo, que a nossa campanha seja unificada. Não vamos cair na armadilha do fracionamento. Somos todos jornalistas e não há razão de diferenciação de piso por veículo. Grande parte de nossa categoria trabalha em mais de um emprego e num dia, se está em um impresso, no outro em uma rádio ou assessoria.
É necessário que se fortaleça essa ponte e que, sobretudo, a jornada de 5 horas seja cumprida nas assessorias do estado. Batalha árdua que temos pela frente.
Jornalistas do interior, que sofrem com salários muito abaixo do piso, com atrasos, coronelismo e desrespeito absoluto com os trabalhadores e com a profissão, estão aguerridos mas muitas vezes não encontram suporte do próprio sindicato para levarem adiante a nossa luta. Subsedes inoperantes ou mesmo inexistentes no interior são uma parte considerável do problema.
Enfrentamos seis anos de defasagem de nosso piso salarial e reivindicamos um aumento real de 15%, referente ao salário mínimo, mais o reajuste cheio (INPC + PIB), para que comecemos a falar de dignidade para nossa profissão. Enquanto isso, o patronato vê a participação no bolo publicitário crescer, impulsionado pelo aumento de 3,5% no consumo de jornais impressos no país. Somente os jornais “populares” representam 10,3 % dessa fatia. Já as receitas on-line devem crescer em 23,3% este ano, e as rádios e as TV’s serão beneficiadas com os grandes eventos que puxam o crescimento da receita publicitária. Ou seja, enquanto os lucros do patronato aumentam a cada ano, consequentemente aumenta-se a exploração sobre o trabalhador jornalista.
É hora de dar um basta e tomarmos essa história nas mãos. Somente mobilizados, fortes e indignados nos faremos ser ouvidos. Somente pressionado o patronato se verá forçado a abrir mão de seus crescentes lucros em antagonismo às necessidades dos trabalhadores.
E é em defesa da nossa categoria, do nosso exercício profissional, que a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas compromete-se a mais um ano de luta na defesa das nossas necessidades e direitos.
É hora de avançarmos. Participe! Lute!