1° de Maio – 125 anos de luta dos trabalhadores
Há 125 anos, milhares de trabalhadores tomaram as ruas de Chicago (EUA) para reivindicar a redução da jornada laboral para 8 horas diárias e melhores condições de trabalho. As manifestações prosseguiram, e no dia 4 de maio provocadores lançaram uma bomba contra uma assembléia de operários. Os manifestantes foram reprimidos e presos pela polícia, acusados de serem responsáveis pela explosão. No dia 21 de junho de 1886, cinco deles foram condenados à morte : Georg Engel, Adolf Fishcer, Albert Parsons, Auguste Spies e Louis Linng.
Nos dias de hoje, rememorar o 1º de Maio de 1886 deve ser algo que vá além da devida homenagem aos mártires de Chicado. Nos impõe a necessidade de resgatarmos o significado do 1º de Maio, atualmente maculado no Brasil por shows e sorteios promovidos por centrais sindicais pelegas, o que, entre outras coisas, oculta a precarização das relações e condições de trabalho em todo o país.
As 8 horas de trabalho foram conquistadas por lutas posteriores do proletariado mundial. Entretanto, por exemplo, hoje os bancos de horas ampliam as jornadas laborais, impondo a várias categorias de trabalhadores uma rotina desgastante responsável por doenças como depressão, estresse e outras, isso sem contar o aumento dos acidentes de trabalho.
E é pelo fim do banco de horas e por melhores condições de trabalho que a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJM) propõe um sindicalismo independente, autonômo e consciente, capaz de resgatar conquistas históricas da classe trabalhadora – como a aposentadoria especial do jornalista e direito do dissídio coletivo. Saudamos o 1º de Maio como um dia de luta, não de festa.