Técnico Jorge Fossati tenta agredir jornalista
Mais uma vez, um jornalista esportivo é vítima da truculência de técnicos de futebol. No domingo – durante a entrevista coletiva que concedia no estádio Beira-Rio após seu time, o Internacional de Porto Alegre, ser derrotado pelo Cruzeiro –, o técnico Jorge Fossati tentou agredir fisicamente o repóter Sérgio Couto, da Rádio Bandeirantes. Fossati criticava a marcação de um penalty contra sua equipe aos três minutos do primeiro tempo quando o repórter indagou se ele faria crítica semelhante se a marcação ocorresse a favor de seu time. Desrespeitoso e destemperado, Fossati partiu para ironias na tentativa de desqualificar o companheiro jornalista e, logo em seguida, abandonou a coletiva. Não satisfeito, retornou à sala de imprensa e chamou Sérgio para uma sala ao lado. Aí, tentou agredi-lo fisicamente, só não o conseguindo por ter sido contido por seguranças do próprio clube gaúcho.
A OPOSIÇÃO SINDICAL DOS JORNALISTAS DE MINAS GERAIS vem manifestar sua total solidariedade ao companheiro Sérgio Couto e protestar veementemente contra mais uma agressão que vitima um membro da nossa categoria. É absolutamente intolerável que colegas jornalistas continuem sendo tratados de forma absolutamente desrespeitosa no legítimo exercício de seu trabalho profissional por estas estrelas midiáticas em que estão se transformando alguns técnicos de futebol em nosso país. Como se não bastasse o assédio moral a que os jornalistas somos submetidos em nosso cotidiano nas redações e assessorias, de uns tempos para cá alguns técnicos de futebol se atribuíram o direito de nos agredir e insultar durante as entrevistas coletivas. Aos nomes de Wanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho e Dunga – que até agora tem-se limitado a agressões verbais – soma-se o de Jorge Fossati, este inaugurando a era da agressão física.
Uma providência efetiva tem que ser tomada quanto a este incidente. Neste sentido, a OPOSIÇÃO SINDICAL DOS JORNALISTAS DE MINAS GERAIS vem a público exigir das autoridades policiais e judiciárias as providências necessárias frente a mais uma agressão à nossa categoria e ao nosso direito-dever de informar. O que está em jogo, afinal de contas, é a nossa dignidade profissional e até mesmo pessoal. Aos companheiros jornalistas, fica a convocação para nos empenharmos em uma campanha nacional contra este tipo de assédio moral que, especificamente, vem atingindo de forma progressiva os colegas que trabalham na área do jornalismo esportivo.