Categoria recusa proposta e parte para mobilização


Os jornalistas de Minas Gerais estão em campanha salarial. As negociações começaram em maio, com o patronato valendo-se da crise mundial na qual o capitalismo está mergulhado desde o final do ano passado, para impor aos jornalistas um acordo rebaixado sem aceitar nenhuma das reivindicações da categoria.


Porém, frente a mais esse desrespeito, nossa categoria deu um salto qualitativo no sentido da radicalidade e da firmeza. Em assembléia, no dia 20 de maio, em uma demonstração de força, rechaçaram a contraproposta salarial feita pelo sindicato patronal. Durante essa assembleia da campanha salarial a categoria deu mais uma mostra de sua disposição em lutar pela dignidade da profissão ao aprovar a proposta da Oposição Sindical de criação da Comissão de Mobilização da Campanha Salarial.


As negociações continuaram e o patronato fincou o pé e não está disposto a avançar nas cláusulas econômicas e se recusam, inclusive, a prorrogar a garantia da data-base.


É neste período de tensão que nós, jornalistas, devemos nos juntar e fortalecer para forçar os avanços que tanto almejamos em nossos salários e condições de trabalho. É importante que toda a categoria se envolva, participe das assembleias, participe das mobilizações, pois o que está em jogo durante toda a campanha salarial não é somente o aumento real do salário em detrimento do banco de horas – essa prática superexploratória – mas também a luta pela estabilidade no emprego; a unificação do nosso piso salarial em R$1.800,00 e fim do acúmulo de funções.


E o principal mote dessa campanha deve ser a unificação dos jornalistas, pois é esta é a melhor forma de demonstramos nossa força ao patronato. E é por isso que devemos nos incorporar e dinamizar a Comissão de Mobilização, instrumento aprovado pela categoria capaz de expandir nossa atuação nos locais de trabalho em defesa de nossos interesses e dignidade da profissão.


Vamos retomar a firmeza com que negamos a proposta patronal em 20 de maio para seguirmos em frente com nossa luta. Precisamos evidenciar que os trabalhadores ainda possuem a força histórica da greve em suas mãos, que este é o nosso mais forte instrumento de combate e que não tememos lançar mão deste em uma mesa de negociação onde o patronato caminha cada vez mais fechando o cerco contra a classe trabalhadora.

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