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A defesa do diploma de jornalista é uma luta histórica?

Indiscutivelmente, a luta pelo diploma de jornalista faz parte da história da nossa categoria. Assim, a pergunta que devemos fazer é se ela tem potencial histórico. Compreendida a história como transformação qualitativa das sociedades ou saltos qualitativos no interior delas, afirmamos que sim. No entanto, é preciso ter claro que essas transformações são caracterizadas por atos de ruptura. Cabe a nós, trabalhadores da notícia, na luta pela valorização da nossa categoria, romper com o viés institucionalista e virtualizado de nossas lutas, incluída a pelo diploma. Não se trata aqui de negar os tramites necessários à PEC do Diploma, mas de lançar mão de instrumentos de reivindicações próprios da classe trabalhadora. Convém lembrar que essa PEC está parada no Congresso Nacional desde 2012. São mais de dez anos (dois governos Dilma, o golpe palaciano e o protofascismo bolsonarista) cometendo o erro de insistir na estratégia institucionalista, pautada por conversas, de pires na mão, com parl

Centrais aparelham e esvaziam caráter de classe do 1º de Maio

Na contramão da história e contrárias à tradição de luta do Dia Internacional do Trabalhador, as centrais sindicais mais uma vez esvaziam o conteúdo de classe do 1º de Maio, com showmícios, transformando a data em palanque eleitoral. Não estamos defendendo um sindicalismo apolítico e muito menos somos contrários à atuação de militantes políticos, organizados partidariamente, nos sindicatos. No entanto, como explicitamos em nossa Carta de Princípios , nos opomos a um sindicalismo que coloca objetivos político-partidários acima dos interesses específicos da classe trabalhadora. Em um quadro de alta sistemática do custo de vida e deflagração de greves por várias categorias profissionais em todo o país, caberia às centrais sindicais mobilizar os trabalhadores na construção da greve geral em defesa de melhores salários e condições laborais. Portanto, ao priorizarem a agenda eleitoral, a centrais deixam de lado os interesses da classe que deveriam representar. Diante dessa distorção, é preci

Celebrar o Dia dos Jornalistas é lutar pela valorização da categoria

Saudamos neste nosso dia, 7 de abril, todos jornalistas do Brasil, em especial os de Minas Gerais, e reafirmamos nosso compromisso com os Trabalhadores da Notícia, certos de que celebrar o Dia dos Jornalistas é lutar pela valorização da categoria. Dar significado real a essa data é organizar a categoria na luta por ganhos reais na campanha salarial e pelo cumprimento dos nossos direitos. Não podemos limitar nossas ações a festas esvaziadas de verdadeiro conteúdo político, forjando uma aparente e inócua mobilização dos jornalistas, como faz e tem feito a diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG). Diante da realidade da estrutura salarial vergonhosamente rebaixada da nossa categoria, da prática do assédio moral pelo patronato, da instabilidade no emprego, do acúmulo de funções e da precarização geral do exercício da nossa profissão, não podemos renunciar à luta direta e real pela nossa valorização profissional, especialmente com

Segurança dos jornalistas deve ser ponto inegociável da campanha salarial

No atual quadro de aguçamento das contradições no país, os ataques sofridos pelos jornalistas da Band Minas, em 9 de março, e da Globo Minas, no dia 21 de fevereiro, durante cobertura das manifestações das forças de segurança pública de Minas Gerais, por melhorias salariais, não podem ser tomadas como um fato isolado. Exemplo disso, são as agressões sofridas, no dia 3 de março, por repórteres da Globo São Paulo, durante gravação de matéria sobre a “Feira da madrugada”, no Brás. São inúmeros os exemplos de ameaças, ofensas e ataques a jornalistas nos últimos anos, que tornam imperativo a adoção e o cumprimento rigoroso de protocolos capazes de garantir a segurança dos trabalhadores da notícia. Podemos tomar como marco desse debate as jornadas de junho de 2013, quando os jornalistas ficaram expostos nas justas manifestações contrárias à realização da Copa do Mundo. Desde então o que efetivamente foi feito para garantir a segurança dos repórteres? Nada, absolutamente nada, como demonstram

Pelo fortalecimento da categoria. Todo apoio aos jornalistas do Estado de Minas

A s paralisações dos jornalistas do Estado de Minas pelo cumprimento de seus direitos (pagamento de salários e décimo terceiro) é prova da disposição de luta da categoria. As reivindicações dos companheiros do jornal são de todos nós, Trabalhadores da Notícia. É preciso unificar as lutas da categoria, pois a questão central nas reivindicações da campanha salarial, no plano de carreira da Inconfidência e Rede Minas, no pagamento de horas extras, o fim do atraso de salários no Estado de Minas e tantas outras é a valorização profissional do jornalista. Essa unificação, e consequente fortalecimento da categoria na luta por seus direitos e conquistas salariais, só será possível com atos e mobilizações presenciais, ocupando as ruas. Foi assim no 1º de maio em 1886, em Chicago, e na greve geral de São Paulo, em 1917, que resultaram em históricas conquistas para a classe trabalhadora. Não podemos escamotear a história e as verdadeiras práticas de luta dos trabalhadores. Portanto, é preciso agi

Pela construção da greve dos Jornalistas de Minas

Em protesto contra o frequente atraso de salários, os jornalistas do Estado de Minas paralisaram suas atividades mais uma vez. Na Rede Minas, os companheiros sinalizam com a greve em nome da valorização profissional no plano de carreiras da Empresa Mineira de Comunicação. O pano de fundo dessas duas mobilizações é um só: a precarização das relações de trabalho, que atinge toda a categoria. Ano após ano, direitos trabalhistas são desrespeitados e o aumento real, capaz de fazer frente ao aumento diário do custo de vida, é sistematicamente negado. Está mais do que claro, que as reivindicações dos companheiros do Estado de Minas e da Rede Minas não podem ser tratadas de forma isolada. É preciso, desde já, construir a greve de todo os Trabalhadores da Notícia contra o não cumprimento de direitos, por melhores salários, e pela valorização profissional da nossa categoria. Por melhores salários. Greve já! Pelo cumprimento de direitos. Greve já! Pela valorização da categoria. A greve do Trabalh

Por uma greve dos jornalistas. Todo apoio aos trabalhadores do EM!

Indignados com os frequentes atrasos nos salários, os jornalistas e trabalhadores da administração do jornal Estado de Minas paralisaram suas atividades nessa segunda-feira (18/10), reivindicando o cumprimento de seus direitos, negados sistematicamente pela empresa. O aprofundamento da precarização das relações de trabalho no Estado de Minas não pode ser tomado como um fato isolado. A falta de aumento real, diante de um custo de vida cada vez mais alto, afeta todos os Trabalhadores da Notícia. A recusa dos patrões em negociar a recomposição e o reajuste salarial é um insulto para a categoria! INPC é pouco! A paralisação dessa segunda aponta para a necessidade de avançarmos na luta pela nossa valorização profissional. Não podemos permitir que calotes contra os trabalhadores e reajustes ínfimos sejam naturalizados. Tampouco, podemos limitar nossas ações à institucionalidade. É preciso, desde já, começarmos a construir uma greve de todos os Trabalhadores da Notícia contra o não cumpriment