Segurança dos jornalistas deve ser ponto inegociável da campanha salarial
No atual quadro de aguçamento das contradições no país, os ataques sofridos pelos jornalistas da Band Minas, em 9 de março, e da Globo Minas, no dia 21 de fevereiro, durante cobertura das manifestações das forças de segurança pública de Minas Gerais, por melhorias salariais, não podem ser tomadas como um fato isolado.
Exemplo disso, são as agressões sofridas, no dia 3 de março, por repórteres da Globo São Paulo, durante gravação de matéria sobre a “Feira da madrugada”, no Brás. São inúmeros os exemplos de ameaças, ofensas e ataques a jornalistas nos últimos anos, que tornam imperativo a adoção e o cumprimento rigoroso de protocolos capazes de garantir a segurança dos trabalhadores da notícia.
Podemos tomar como marco desse debate as jornadas de junho de 2013, quando os jornalistas ficaram expostos nas justas manifestações contrárias à realização da Copa do Mundo. Desde então o que efetivamente foi feito para garantir a segurança dos repórteres? Nada, absolutamente nada, como demonstram os acontecimentos recentes.
Portanto, para fazer frente a essas ameaças, a luta pela segurança – adicional de periculosidade, adoção de protocolos de segurança, treinamento de pessoal e fornecimento pelas empresas de equipamentos de segurança adequados – deve ser ponto inegociável da campanha salarial 2022.
A inclusão desses pontos no acordo coletivo deste ano é decisiva para a categoria ter um instrumento capaz de obrigar as empresas cumprirem os protocolos capazes de garantir a segurança dos trabalhadores da notícia no seu dia a dia.
Oposição Sindical – Por um sindicato de trabalhadores!