Reajuste de 7% não recompõe perdas e sequer acompanha o salário mínimo
A proposta de aumento negociado com o sindicato patronal das empresas de jornais e revistas é uma afronta a nossa categoria. Depois de mais de seis meses insistido em um reajuste que sequer recompõe a inflação medida pelo IGP, o patronato oferece 7% para nossa categoria. A atual proposta formulada entre o Sindicato dos Jornalistas e os representantes patronais em uma reunião no Ministério Público do Trabalho continua muito abaixo do valor reivindicado pela categoria.
Os 7% também ficam abaixo do reajuste do salário mínimo para o início do próximo ano, de 8,8%. Em 2004, um jornalista de impresso em Belo Horizonte recebia, em média, mais de 9 salários mínimos para uma jornada de 7 horas de trabalho. Caso a proposta apresentada seja aprovada, nosso piso será de menos de 5 salários mínimos.
O rebaixamento de nossos salários é facilmente observado também na comparação com a realidade de outros estados. Jornalistas de jornais e revistas em Belo Horizonte e região têm um piso salarial de R$ 1.993,03. Alagoas, Maranhão, Ceará, Pará, Paraná, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro possuem um piso maior do que o da capital mineira. Muitos desses pisos são mais altos até do que os salários oferecidos nas principais redações de Belo Horizonte. Em Alagoas, o piso salarial para jornadas de 30 horas (5 horas diárias) semanais é de R$ 2.833,93, quase 50% a mais do que o encontrado em Minas para o mesmo período de trabalho.
A tática usada pelas empresas para fustigar os trabalhadores não é nova, prolongando a campanha salarial para aumentar a defasagem salarial e assim forçar os jornalistas a aceitar acordos que sequer repõe as perdas inflacionárias. Em outros estados, nossos companheiros de profissão também lutam para conquistar melhores salários. Muitos dos sindicatos que já fecharam as convenções coletivas deste ano tiveram aumentos maiores que os oferecidos em Minas Gerais. Outras categorias profissionais também vêm conquistando aumentos maiores do que o proposto aos jornalistas mineiros até agora.
O INPC, índice de inflação usado para calcular o aumento oferecido aos trabalhadores da notícia, não representa a realidade da inflação para nossa categoria. Não bastasse a deformação dos dados usados, este índice é formulado para calcular o aumento dos preços para uma família que no total recebe até cinco salários mínimos, o que não representa a realidade da maior parte da categoria. Todos sabemos que, no último ano, o preço da alimentação, vestuário, lazer, moradia e transporte subiu muito mais do que os supostos 5,81% alegados pelo IBGE.
Manter a unidade
Nestes seis meses, só temos resistido porque mesmo com as assembleias realizadas por redações demonstramos união e firmeza contra a pressão do sindicato patronal, sem nos curvarmos a qualquer tipo de retaliação. Por isso propomos formalmente a retida da cláusula que permite a negociação específica por redações, incluída de última hora pelo Sindicato dos Jornalistas sem um debate franco e aberto com a categoria.
Se permitirmos a aprovação da negociação separada por cada redação nossa unidade enquanto uma categoria profissional será quebrada. Consequentemente, os trabalhadores da notícia ficarão refém do que cada dono de jornal entender que é melhor para sua empresa, já que não terá mais de negociar com o coletivo dos jornalistas mineiros.
Pela unidade das negociações nas redações! Chega de baixos salários! Aumento real já!
Os 7% também ficam abaixo do reajuste do salário mínimo para o início do próximo ano, de 8,8%. Em 2004, um jornalista de impresso em Belo Horizonte recebia, em média, mais de 9 salários mínimos para uma jornada de 7 horas de trabalho. Caso a proposta apresentada seja aprovada, nosso piso será de menos de 5 salários mínimos.
O rebaixamento de nossos salários é facilmente observado também na comparação com a realidade de outros estados. Jornalistas de jornais e revistas em Belo Horizonte e região têm um piso salarial de R$ 1.993,03. Alagoas, Maranhão, Ceará, Pará, Paraná, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro possuem um piso maior do que o da capital mineira. Muitos desses pisos são mais altos até do que os salários oferecidos nas principais redações de Belo Horizonte. Em Alagoas, o piso salarial para jornadas de 30 horas (5 horas diárias) semanais é de R$ 2.833,93, quase 50% a mais do que o encontrado em Minas para o mesmo período de trabalho.
A tática usada pelas empresas para fustigar os trabalhadores não é nova, prolongando a campanha salarial para aumentar a defasagem salarial e assim forçar os jornalistas a aceitar acordos que sequer repõe as perdas inflacionárias. Em outros estados, nossos companheiros de profissão também lutam para conquistar melhores salários. Muitos dos sindicatos que já fecharam as convenções coletivas deste ano tiveram aumentos maiores que os oferecidos em Minas Gerais. Outras categorias profissionais também vêm conquistando aumentos maiores do que o proposto aos jornalistas mineiros até agora.
O INPC, índice de inflação usado para calcular o aumento oferecido aos trabalhadores da notícia, não representa a realidade da inflação para nossa categoria. Não bastasse a deformação dos dados usados, este índice é formulado para calcular o aumento dos preços para uma família que no total recebe até cinco salários mínimos, o que não representa a realidade da maior parte da categoria. Todos sabemos que, no último ano, o preço da alimentação, vestuário, lazer, moradia e transporte subiu muito mais do que os supostos 5,81% alegados pelo IBGE.
Manter a unidade
Nestes seis meses, só temos resistido porque mesmo com as assembleias realizadas por redações demonstramos união e firmeza contra a pressão do sindicato patronal, sem nos curvarmos a qualquer tipo de retaliação. Por isso propomos formalmente a retida da cláusula que permite a negociação específica por redações, incluída de última hora pelo Sindicato dos Jornalistas sem um debate franco e aberto com a categoria.
Se permitirmos a aprovação da negociação separada por cada redação nossa unidade enquanto uma categoria profissional será quebrada. Consequentemente, os trabalhadores da notícia ficarão refém do que cada dono de jornal entender que é melhor para sua empresa, já que não terá mais de negociar com o coletivo dos jornalistas mineiros.
Pela unidade das negociações nas redações! Chega de baixos salários! Aumento real já!