OPOSIÇÃO SINDICAL reafirma seus princípios e lançará chapa
É preciso fazer avançar a luta da classe trabalhadora, em nosso caso dos trabalhadores da notícia. Foi por essa razão que, em 2017, a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJMG) decidiu compor chapa para a atual gestão do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e é por essa mesma razão, reafirmando seus princípios de independência, autonomia e consciência de classe, que a Oposição Sindical irá lançar chapa para a eleição sindical deste ano. A unidade não é a melhor forma de fortalecer a categoria? Nos perguntam os companheiros. Respondemos: depende dos propósitos dessa tal unidade.
É importante ter claro que a unidade só tem validade na luta dos trabalhadores se tiver como consequência o avanço da consciência de classe trabalhadora. É a partir desse compromisso que está dada possibilidade de construirmos a unidade. O que não foi possível no SJPMG frente à intransigência da presidente do Sindicato em discutir a composição de chapa, após ter sido procurada por cinco vezes para tratar do assunto. Diante dessa recursa e da necessidade de realmente fortalecer os trabalhadores da notícia em uma conjuntura de avanço da retirada de direitos e intensificação da exploração, é preciso, mais do que nunca, principalizar no Sindicato métodos de lutas como panfletagens, manifestações, paralisações e greves ao invés de conduzir a luta dos trabalhadores fundamentalmente para o campo da institucionalidade. Reconhecemos a importância de nos sentarmos às mesas de negociação para formalizar as conquistas da categoria, mas não podemos permitir que o rito institucional esvazie o conteúdo político de nossas lutas.
Foram inúmeras vezes que vimos diretores do sindicato se posicionarem contra o uso de carro som em manifestações, a realização de paralisações e principalmente de greve, sob a gasta e fajuta alegação de que a categoria não aceita/aceitaria bem esses atos. É, pois, responsabilidade de uma direção sindical fazer avançar a consciência de classe do conjunto de trabalhadores que representa.
Historicamente essa consciência só pode ser forjada na luta direta de nossos interesses de classe que sim, nos impõe a necessidade de assumirmos riscos como demissões, mas que nos une e nos fortalece como iguais, como pessoas solidárias, deixando interesse individuais de lado. Enfim, agindo de fato como classe trabalhadora, refutando a lógica patronal empreendedora e egoísta do “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
Não estamos falando nem defendendo que o Sindicato seja um partido revolucionário ou partido de qualquer outra natureza. Mesmo considerando legitima e necessária a atuação dos partidos políticos nos sindicatos, defendemos como princípio a autonomia dos sindicatos frente ao frente ao aparelhismo político-partidário que submete a prática sindical a interesses eleitoreiros, como a realidade dos fatos demonstrará no pleito municipal deste ano. Representamos antes de tudo uma parcela da classe trabalhadora e foi no compromisso com a luta dos trabalhadores, pautada pelos princípios de independência, autonomia e consciência de classe que há 16 anos a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas foi criada. E será reafirmando esses princípios que seguiremos lutando.
NOSSOS PRINCÍPIOS
INDEPENDÊNCIA – Comprometemo-nos aqui a desenvolver uma prática sindical absolutamente independente frente aos patrões e ao estado – este, enquanto empregador e enquanto governo. Um sindicato tem um único e só patrão: a categoria que representa. É inconveniente, inadequada e, mesmo, imoral a tal convivência amistosa e civilizada entre patrões e empregados. O nome disso é conivência. Não nos negamos, é claro, a ir à mesa de negociação, mas sempre conscientes do nosso papel de firmes e severos defensores dos interesses dos trabalhadores. Conscientes, também, de que do outro lado se encontram defensores severos e firmes dos interesses dos patrões. Cabe ao sindicato defender, estimular e fazer presente a ideia de auto-respeito coletivo e individual na categoria frente aos patrões. O patrão estado, para um sindicato que honre sua categoria, é um patrão como qualquer patrão no capitalismo, ou seja, sempre interessado em aprofundar e intensificar a exploração sobre os trabalhadores. Não nos venderemos – e este é um compromisso formal e solene – aos mercadores de benesses estatais.
AUTONOMIA – Comprometemo-nos aqui a desenvolver uma prática sindical absolutamente autônoma frente a quaisquer determinações político-partidárias. Consideramos legítima a atividade político-partidária fundada na ética, mas tomamos como princípio inarredável de nossa ação sindical o princípio de que cabe somente à categoria decidir o que seu sindicato deve fazer – no curto, médio e longo prazos –, descartado assim qualquer tipo de consulta a qualquer partido, qualquer tipo de autorização de qualquer partido. Este princípio se aplica igualmente a todas as instâncias do próprio movimento sindical: federações, confederações, centrais sindicais. Nossa instância decisória máxima, repetimos, é a assembleia geral da categoria. Nada será feito que não seja elaborado pela categoria, que não seja aprovado legitimamente pela categoria. Nossa solidariedade à luta política dos trabalhadores não nos autoriza a fazer do categoria e do sindicato meras caixas de ressonância de campanhas e palavras-de-ordem político-partidárias, venham de onde vierem. É decisão legítima de nossa instância maior – a assembleia geral – que nos dirá o que fazer e o que não fazer. O que deve ser feito pelo sindicato é decidido pelo sindicato, dentro do sindicado.
CONSCIÊNCIA DE CLASSE – Somos trabalhadores e nossa solidariedade primeira é com a classe trabalhadora, nosso primeiro compromisso, enquanto trabalhadores, é com aqueles que, como nós, são vítimas da exploração e opressão patronais. A responsabilidade social de formadores de consciências que pesa sobre nossos ombros não nos coloca à margem da classe trabalhadora brasileira. Assim, é nosso princípio e principal razão de nossa existência como sindicato a luta contra o patronato, consideradas outras práticas que desenvolvamos – campanhas e programas de formação e esclarecimento, por exemplo – como atividades de auxílio direto àquele objetivo, como instrumentos da própria luta. É, portanto, tomando as premissas da independência, da autonomia e da consciência de classe como princípios e fundamentos de nossa atuação sindical, que nos constituímos em Oposição Sindical no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Minas Gerais.
Historicamente essa consciência só pode ser forjada na luta direta de nossos interesses de classe que sim, nos impõe a necessidade de assumirmos riscos como demissões, mas que nos une e nos fortalece como iguais, como pessoas solidárias, deixando interesse individuais de lado. Enfim, agindo de fato como classe trabalhadora, refutando a lógica patronal empreendedora e egoísta do “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
Não estamos falando nem defendendo que o Sindicato seja um partido revolucionário ou partido de qualquer outra natureza. Mesmo considerando legitima e necessária a atuação dos partidos políticos nos sindicatos, defendemos como princípio a autonomia dos sindicatos frente ao frente ao aparelhismo político-partidário que submete a prática sindical a interesses eleitoreiros, como a realidade dos fatos demonstrará no pleito municipal deste ano. Representamos antes de tudo uma parcela da classe trabalhadora e foi no compromisso com a luta dos trabalhadores, pautada pelos princípios de independência, autonomia e consciência de classe que há 16 anos a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas foi criada. E será reafirmando esses princípios que seguiremos lutando.
NOSSOS PRINCÍPIOS
INDEPENDÊNCIA – Comprometemo-nos aqui a desenvolver uma prática sindical absolutamente independente frente aos patrões e ao estado – este, enquanto empregador e enquanto governo. Um sindicato tem um único e só patrão: a categoria que representa. É inconveniente, inadequada e, mesmo, imoral a tal convivência amistosa e civilizada entre patrões e empregados. O nome disso é conivência. Não nos negamos, é claro, a ir à mesa de negociação, mas sempre conscientes do nosso papel de firmes e severos defensores dos interesses dos trabalhadores. Conscientes, também, de que do outro lado se encontram defensores severos e firmes dos interesses dos patrões. Cabe ao sindicato defender, estimular e fazer presente a ideia de auto-respeito coletivo e individual na categoria frente aos patrões. O patrão estado, para um sindicato que honre sua categoria, é um patrão como qualquer patrão no capitalismo, ou seja, sempre interessado em aprofundar e intensificar a exploração sobre os trabalhadores. Não nos venderemos – e este é um compromisso formal e solene – aos mercadores de benesses estatais.
AUTONOMIA – Comprometemo-nos aqui a desenvolver uma prática sindical absolutamente autônoma frente a quaisquer determinações político-partidárias. Consideramos legítima a atividade político-partidária fundada na ética, mas tomamos como princípio inarredável de nossa ação sindical o princípio de que cabe somente à categoria decidir o que seu sindicato deve fazer – no curto, médio e longo prazos –, descartado assim qualquer tipo de consulta a qualquer partido, qualquer tipo de autorização de qualquer partido. Este princípio se aplica igualmente a todas as instâncias do próprio movimento sindical: federações, confederações, centrais sindicais. Nossa instância decisória máxima, repetimos, é a assembleia geral da categoria. Nada será feito que não seja elaborado pela categoria, que não seja aprovado legitimamente pela categoria. Nossa solidariedade à luta política dos trabalhadores não nos autoriza a fazer do categoria e do sindicato meras caixas de ressonância de campanhas e palavras-de-ordem político-partidárias, venham de onde vierem. É decisão legítima de nossa instância maior – a assembleia geral – que nos dirá o que fazer e o que não fazer. O que deve ser feito pelo sindicato é decidido pelo sindicato, dentro do sindicado.
CONSCIÊNCIA DE CLASSE – Somos trabalhadores e nossa solidariedade primeira é com a classe trabalhadora, nosso primeiro compromisso, enquanto trabalhadores, é com aqueles que, como nós, são vítimas da exploração e opressão patronais. A responsabilidade social de formadores de consciências que pesa sobre nossos ombros não nos coloca à margem da classe trabalhadora brasileira. Assim, é nosso princípio e principal razão de nossa existência como sindicato a luta contra o patronato, consideradas outras práticas que desenvolvamos – campanhas e programas de formação e esclarecimento, por exemplo – como atividades de auxílio direto àquele objetivo, como instrumentos da própria luta. É, portanto, tomando as premissas da independência, da autonomia e da consciência de classe como princípios e fundamentos de nossa atuação sindical, que nos constituímos em Oposição Sindical no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Minas Gerais.