Pela construção da greve contra o corte de salários


Chega de conciliação! Não podemos mais submeter a luta direta dos trabalhadores, em defesa dos seus direitos e interesses, a conversas de gabinetes. Pois de mediação em mediação, seis meses após o início da data base da categoria, os patrões propuseram o corte no salário dos jornalistas em plena negociação do reajuste salarial. Isso é uma afronta! 

A ausência de comando no sindicato patronal nos últimos meses não é explicação e muito menos justificativa para as negociações salariais não terem avançado. Bastou o patronato se reorganizar para querer roubar a categoria em 30% dos seus vencimentos. 

Luta política se faz com força e tempo. E força e disposição para a luta os jornalistas de Minas têm demonstrado desde o final de 2015 e início 2016. É decisivo, portanto, abandonar a lógica da conciliação (pautada por mediações e mais mediações), que prevalece no sindicalismo brasileiro, e adotar a luta direta como principal instrumento na defesa dos direitos da categoria. 

Não se trata aqui de abrir mão dos meios legais, mas sim de não dispersar nossas forças e não perdermos tempo em conversas de gabinetes. A construção da greve dos trabalhadores da notícia é o único caminho capaz de impedir a redução dos salários, garantir o reajuste salarial e barrar as tentativas de desregulamentação dos direitos consagrados na CLT. 

Contra a redução salarial, greve! Pelos direitos trabalhistas, greve! 



Belo Horizonte, 13 de setembro de 2016 
Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas

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