Campanha salarial se faz com luta


Passados três meses desde o início da data base da categoria, em abril, os jornalistas de Minas não têm até o momento nenhuma perspectiva de aumento salarial. 

Nesse quadro, temos de um lado os patrões postergando a negociação, buscando, como sempre, vencer os trabalhadores com o desgaste do tempo. Do outro, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas que prioriza conversas de gabinete em detrimento da luta direta pelos direitos dos trabalhadores.

Desde as manifestações realizadas pelos trabalhadores dos Diários Associados no final de 2015 e início de 2016, está mais do que comprovado que a categoria tem disposição para lutar por seus direitos. Portanto, como os patrões se negam a negociar, a mobilização cotidiana dos trabalhadores da notícia passa a ser instrumento prioritário na luta por melhores salários.

É inadmissível que a negociação da Convenção Coletiva do Trabalho seja feita de forma segmentada (Rádio e TV, Impresso, Assessorias, Interior e Capital), pois essa prática divide os trabalhadores da notícia. Mais grave do que isso, é realizar as negociações por local de trabalho, o que antecipa a flexibilização das leis trabalhistas propostas no Acordo Coletivo com Propósito Específico, diluindo definitivamente a categoria. 

Nossa campanha salarial tem que ser objetiva, sólida e capaz de fortalecer os trabalhadores da notícia na luta por seus direitos. Não podemos permitir que as perdas salariais do ano passado se repitam, pois a inflação avança e os patrões pretendem arrochar ainda mais os trabalhadores. É hora de reagir, de mobilizar a categoria, pois campanha salarial só se faz com luta!

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