Redução salarial é inaceitável e indiscutível
Usando a crise como pretexto, os donos de jornais buscam agora reduzir em 30% o salário dos jornalistas mineiros propondo a negociação de acordos nos moldes do "Programa de Proteção ao Emprego", com a redução de 30% do salário dos trabalhares.
O patronato já mostrou o quanto está interessado em levar adiante este corte, na semana passada os Diários Associados mobilizaram vans para levar seus fieis funcionários administrativos a uma reunião no Sindicato dos Jornalistas e votar a favor desta proposta. Esse grupo deveria ter sido impedido de entrar, pois é fato que elas estavam ali não para defender os interesses dos trabalhadores, mas sim os interesses da empresa. Mas isso não foi feito, pois a premissa de discutir e negociar o salário dos trabalhadores já estava aceita pela diretoria do sindicato dos jornalistas.
O patronato já mostrou o quanto está interessado em levar adiante este corte, na semana passada os Diários Associados mobilizaram vans para levar seus fieis funcionários administrativos a uma reunião no Sindicato dos Jornalistas e votar a favor desta proposta. Esse grupo deveria ter sido impedido de entrar, pois é fato que elas estavam ali não para defender os interesses dos trabalhadores, mas sim os interesses da empresa. Mas isso não foi feito, pois a premissa de discutir e negociar o salário dos trabalhadores já estava aceita pela diretoria do sindicato dos jornalistas.
A redução dos salários será muito mais grave do que aparenta, pois ela vai ocorrer durante a campanha salarial de nossa categoria. Portanto essa redução de salário elimina até mesmo a possibilidade de reajuste dos salário dos trabalhadores dos Diários Associados, sendo que neste último ano o salário se desvalorizou em mais de 11%.
Além disso, a adesão a este tipo de acordo abre espaço para uma maior retirada dos direitos trabalhistas e também para que outras empresas de comunicação busquem fazer o mesmo contra seus empregados, como a diretoria do Hoje em Dia já vem sinalizando.
Acima de tudo a redução dos salários dos trabalhadores garante aos condôminos dos Diários Associados a manutenção de seus lucros, pois em momento algum o "Programa de Proteção ao Emprego" faz referência aos rendimentos da empresa, apenas a redução dos salários. Foi justamente para isso que este programa foi criado e aprovado pelo governo, com o respaldo e apoio da CUT e da Força Sindical. Este é um programa que protege o lucro e não os trabalhadores. Para o empresariado esta proposta é especialmente positiva pois coloca os sindicatos como agentes diretos da retirada dos direitos trabalhistas.
É por isso que nós da Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas somos contra qualquer negociação de redução de salários.
Os trabalhadores não podem ser iludidos com a farsa de que os Diários Associados não gera lucro. A Oposição Sindical volta a questionar por que o sindicato dos jornalistas não denuncia publicamente a contabilidade paralela montada dentro da empresa, que segue recebendo enormes verbas públicas do governo federal, do governo do estado e da prefeitura, da câmara municipal e da assembleia legislativa. Dinheiro que sequer chega a aparecer nas contas da empresa, apesar dos anúncios estarem lá, impressos e transmitidos pela TV cotidianamente. O dinheiro entra, só não vai para o pagamento dos trabalhadores, essa é a verdade que tem que ser dita e explicada claramente.
Curiosamente o senhor Geraldo Teixeira da Costa Neto, mais conhecido como Zeca, é sócio administrador da empresa 3G Assessoria Empresarial e sócio da Scala Assessoria Empresarial, cujo o sócio administrador é seu pai, Alvaro Augusto Teixeira da Costa. As duas empresas oferecem serviços de "Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial" e também funcionam como agências de publicidade. Não será nenhum espanto se estas empresas prestarem serviços dento do próprio Diários Associados a preços exorbitantes ou até mesmo acolherem as vendas de publicidade do grupo.
Não aceitamos negociar a redução dos salários dos trabalhadores e vamos lutar para impedir que esse ataque seja feito contra os trabalhadores.