Nossa prioridade deve ser a campanha salarial
A sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) foi transformada em “palanque” eleitoral com o debate realizado entre o PSTU e PSOL, no dia 18 de junho. E a campanha salarial, quando será colocada em debate com a categoria?
Com a proximidade das campanhas eleitorais, não podemos permitir que o sindicato privilegie ações que beneficiem os partidos políticos em detrimento dos interesses da categoria como a Campanha Salarial. Que fique claro: a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas não é anti-partidária. Mas, tem no eixo da sua política o combate ao uso que os partidos – sejam eles de esquerda ou de direita – fazem dos sindicatos, transformando-os em correias de transmissão de governos e partidos.
A conquista do ganho salarial real, plano de carreira, ticket alimentação, pagamento de horas extras, fim do banco de horas, unificação do piso, vale refeição e vale combustível não podem figurar como itens secundários na lista de resoluções da diretoria.
A data base é 1º de abril e até agora não conquistamos avanços. Haja vista os valores acertados nas negociações de rádio e TV, chamados pela direção sindical de “ganho real”. O piso passa a ser de R$ 1.700 para jornalistas de rádio e R$ 1.840 para jornalistas de rádio, significando um reajuste de ínfimos 7,12% e 7,23% respectivamente, que a curto prazo será corroído pela inflação.
A campanha salarial - um instrumento de acumulação de forças da categoria nas negociações com o patronato - não deve, em nenhuma hipótese, estar relegada ao inaceitável aparelhamento sindical dos interesses eleitoreiros. Precisa, obrigatoriamente, fortalecer a luta diária pela valorização da nossa profissão, cujo ponto de partida pode e deve ser a conquista de ganhos reais na campanha salarial deste ano.