Demissões na Rede Minas são arbitrárias e injustificadas

A Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJM) manifesta sua solidariedade aos 50 trabalhadores da notícia demitidos sumariamente pela Rede Minas de Televisão, empresa de comunicação gerida pelo Governo de Minas, sob a alegação de corte custos do Estado.

Diariamente, empresas de todo o país têm demitido jornalistas sob o pretexto de ajustes nas contas, mesmo mantendo altas taxas de lucro, impulsionadas sobretudo pelos grandes eventos, especialmente a Copa do Mundo. E sem dúvida esse quadro geral de demissões tem um único objetivo: ampliar as taxas de lucro a custo da redução do quadro de trabalhadores das empresas.

A Rede Minas mantinha um quadro de 400 funcionários não-concursados, dos quais 12% foram demitidos.  A emissora também alega que o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) exigem a realização de concursos para a ocupação de vagas no serviço público mineiro.

Essa justificativa para as demissões sumárias também não passa de uma balela, pois já está em curso na Assembleia Legislativa de Minas Gerais o projeto de Lei N° 3.252/2012 que cria as carreiras de Analista de TV e de Técnico de TV (Mais uma forma de precarização? Por que as carreiras não são de jornalista?) para atender as exigências do MPT e MPMG.

Para fazer frente ao avanço da precarização da profissão de jornalista, demissões, achatamento salarial, assédio moral, entre outros, a Oposição Sindical defende a Estabilidade para a categoria, como um instrumento de garantia de meios de vida dignos para os trabalhadores da notícia, e como condição para o exercício crítico da nossa profissão.

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